Só em dívida de curto prazo,
contraída no mercado, os gregos terão de reembolsar 21,15 mil milhões de euros
este ano.
O ministro grego das Finanças,
Yanis Varoufakis, acredita que o acordo ainda é possível nos próximos dias,
embora o entendimento não pareça estar no horizonte. Varoufakis pede um
empréstimo sem programa, ou seja, sem austeridade, mas Bruxelas só empresta se
for assinado um memorando de entendimento. Entretanto, esta terça-feira, uma
fonte de Bruxelas revelou que a Grécia vai pedir uma extensão do seu empréstimo
com a Zona Euro já amanhã, por um prazo de seis meses.
Os ministros das Finanças da zona euro
estiveram ontem reunidos, mas o encontro, terminou, mais uma vez, sem
acordo.
Se não houver acordo, os gregos
deixam de receber a última tranche do empréstimo (7.200 milhões de euros) sendo
que nas próximas semanas têm muitas contas a acertar com a troika. Este
montante é muito elevado para pagar aos credores e para Atenas cumprir as suas
obrigações internas, como pagar salários e pensões aos seus funcionários
públicos.
A primeira conta de todas terá de
ser paga em março e diz respeito a 1.500 milhões de euros de reembolso ao FMI.
A segunda, de igual valor, terá de ser paga em junho e, a terceira, também de
igual valor, terá de ser paga em setembro.
Do lado europeu, os gregos terão
de reembolsar 3.500 milhões de euros em julho e 3.200 milhões de euros em
agosto.
Uma das primeiras medidas de
antecipação do governo grego para evitar piores cenários foi o pedido de 10 mil
milhões de euros ao BCE para aguentar a banca durante as negociações com
Bruxelas.
Fonte: TVI, 17 de fevereiro de 2015
Notícia apresentada pela Célia Almeida, aluna nº 6 do 9ºD