27 Março 2013, 12:04 por Inês Balreira
Para a diminuição de residentes no
período considerado contribuíram factores como a taxa de crescimento natural e
de crescimento migratório, que plasmam valores negativos. A esperança média de
vida continua a aumentar e 2011 foi o ano que nasceram menos crianças no País
desde que há registos.
Os últimos dados demográficos revelados esta quarta-feira pelo Instituto
Nacional de Estatística (INE) apontam para uma diminuição da população
residente no País nos anos de 2010 e 2011.
Em 31 de Dezembro de 2011, a população residente em Portugal foi estimada
em 10.542.398 indivíduos, menos 30.323 pessoas do que a população estimada para
a mesma data de 2010. Desta forma, o valor traduziu-se em 2011 numa taxa de
crescimento efectivo de valor negativo, menos 0,29%. Para esta evolução
contribuíram valores negativos das taxas de crescimento natural e de
crescimento migratório, menos 0,06% e menos 0,23%, respectivamente.
Segundo os dados do INE, Portugal mantém a tendência de envelhecimento
demográfico. Entre 2001 e 2012, o índice de envelhecimento aumentou de 103 para
128 idosos por cada 100 jovens. No mesmo período, a proporção de jovens,
indivíduos até aos 14 anos de idade, decresceu de 16,2% para 14,9% da população
residente total.Ainda entre 2001 e 2012, a proporção de pessoas em idade
activa, diminuiu de 67,3% para 66,0%, registando-se o aumento da percentagem de
idosos, de 16,6% para 19,0%. A esperança média de vida também aumentou. O valor
estimado médio de anos de vida à nascença, para o triénio 2009-2011, foi de
76,47 anos para o sexo masculino e de 82,43 para o sexo feminino. No global, a
esperança média de vida é de 79,55 anos para ambos os sexos.
Quanto ao número de nascimentos, os dados apontam para um decréscimo do
número de nados vivos filhos de mães residentes em Portugal entre 2001 e 2012.
Há dois anos, registaram-se 96.856 nados vivos, uma diminuição de 4,5% em
relação a 2010, sendo o valor mais baixo de que há registo.
In Jornal de
Negócios
Eduarda Pereira 8ºE nº7