quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A opinião de uma aluna sobre o desenvolvimento de Portugal verificado nas últimas décadas...

Na passada sexta-feira, dia 7 de novembro, na aula de Geografia, estivemos a ver um documentário sobre como era Portugal no passado, "Portugal, um retrato social". Este pequeno filme falava-nos como era no tempo dos nossos avós e o que eles faziam.
Antigamente, cada casal tinha muitos filhos. Alguns como a minha avó paterna tinham oito ou mais, porque quantos mais filhos tivessem, mais pessoas tinham para trabalhar nos campos.
Quando surgiram as primeiras indústrias muitas famílias dirigiram-se para as grandes cidades, mas ainda ficaram algumas nas aldeias porque não podiam ir todos de uma vez para lá visto que não ia haver trabalho para todos.
Agora nas aldeias há idosos, os casais não querem ter filhos porque dizem que vai interferir com o seu trabalho ou simplesmente porque não têm possibilidades, e ter de cuidar de um filho é difícil porque se tem de dar de comer, vesti-lo, pagar os seus estudos entre outros casos e, por não ter filhos é que o país está em crise, porque cada vez mais a natalidade está a baixar e, assim, todos os dias nos telejornais dizem que há escolas a fechar as suas portas, professores sem trabalho e, assim, o governo não tem como pagar a tanta gente, porque há reformas, salários entre outras coisas para pagar...
Esta semana a senhora Merkel disse que não há trabalho para tantos licenciados. Os estudantes que ouvem isto devem pensar porque é que andam a estudar se depois vem uma pessoa dizer que não há trabalho. Então porque é que andamos a estudar? É verdade que ficamos a saber mais e um dia podemos ter a sorte de arranjar trabalho mas nós não sabemos nem adivinhamos o futuro.
Antigamente só iam estudar as famílias mais ricas e por causa disso ainda hoje se vê muitos idosos que não sabem ler nem escrever. As mulheres para terem um filho só iam uma em cada sete tê-lo ao hospital, assim muitos bebés morriam porque não havia conhecimentos. O rendimento económico da época era baixo ou nenhum, as actividades económicas eram sobretudo o trabalho no campo, a taxa de natalidade era elevada, a esperança média de vida era baixa porque não havia conhecimentos, as grávidas tinham os filhos em casa e não havia dinheiro para ir ao médico. A taxa de alfabetismo era reduzida porque só os filhos das famílias mais ricas é que iam estudar e licenciados não haviam quase nenhuns. As condições de habitação eram fracas (casas de madeira e cal) que com o passar do tempo apodreciam, e assim verificava-se a propagação de doenças infecto-contagiosas. Não havia saneamento básico e as "sanitas" eram de madeira e depois havia um "corajoso" que ia tirar as fezes para servir de estrume para os campos da época. Antigamente, não havia as tecnologias como há hoje, não havia computadores, internet, telefones, entre outras tecnologias. Para comunicarmos com alguém tinha-se de falar com a pessoa pessoalmente ou por cartas que se enviavam para as pessoas que estavam mais longe. Não se podia escrever livremente porque havia a PIDE que era uma espécie de polícia «má».
Depois do vinte e cinco de Abril de 1974 muita coisa mudou e as pessoas passaram a poder escrever o que queriam, começou a haver eleições livres e justas para se escolher o governo e houve também a libertação dos presos que foram presos pela PIDE. Antes do 25 de Abril de 1974 vivíamos num fascismo e agora vivemos numa democracia ( e ainda bem!!!).
Gostei muito  de fazer este trabalho porque fiquei a saber mais coisas sobre o Portugal de há 40 anos atrás...


Texto apresentado pela Lúcia Almeida, aluna nº 15 do 9ºD