O documentário fala sobre como eram os portugueses há 40 anos
atrás e como são hoje. Os portugueses eram analfabetos, tinham um modo de vida
atrasado, as cidades eram pequenas e não tinham liberdade.
Hoje em dia os Portugueses vivem de outro modo. A taxa de mortalidade infantil era elevada, só um em cada
sete nascimentos tinham assistência médica e maior parte morria por falta de
condições de higiene. A taxa de mortalidade infantil baixou pois há
melhores condições de vida.
A maioria dos portugueses trabalha em serviços, apenas 1/3
da população trabalha na indústria e poucos trabalham noutros setores. Há 40 anos atrás a maior parte trabalhava na agricultura e
na pesca, alguns na indústria e poucos nos serviços.
Nos anos de 1950, Portugal era um país muito atrasado, a população
era pobre, mais de metade da população vivia e trabalhava no campo, em aldeias e
pequenas vilas e produziam pouco, pois não tinham condições.
A população começou a aumentar, mas a agricultura estava
exausta, por isso muitas das pessoas tiveram que mudar de vida. A indústria precisou de mão-de-obra e as cidades começaram a
crescer, abandonando assim os campos, mas não foi suficiente. Então a emigração foi a única alternativa. Em 15 anos, 1
milhão de portugueses emigraram para a Europa, meio milhão para outras partes
do mundo e os que ficaram produziam pouco e ganhavam mal. O governo mantinha o país pouco desenvolvido, confiava pouco
nos empresários portugueses e receava os excessos dos investimentos
estrangeiros.
Passado um tempo, o país começou a desenvolver-se, apesar de
alguns países da Europa o terem feito mais cedo. Construíram-se estradas e infraestruturas que apoiaram a indústria. Em 1959, Portugal aderiu a EFTA (Associação Europeia de
Comércio Livre) e esta foi uma nova oportunidade de desenvolver a nossa indústria. Apareceram novas marcas, inclusive a
indústria têxtil e a agricultura recebeu um forte impulso.
Como Portugal tinha mares e colónias, começaram a aparecer novas indústria. Sines e Viana do Castelo foram desenvolvidas
através dos portos marítimos e foram desenvolvidos os estaleiros em Cacilhas e
Setúbal.
Para todo este desenvolvimento foram precisos investimentos
estrangeiros e as remessas aos emigrantes. A indústria mudou tudo. Os homens voltaram para as cidades e os que partiram para a guerra colonial voltaram.
As mulheres trabalhavam mais fora de casa, muitas delas
foram privadas da escola e, por isso, gostavam de trabalhar no campo.
Nos dias de hoje, a maioria dos portugueses vive em
cidades, lá vive-se melhor, mas muitas vezes têm uma vida difícil. É uma vida
urbana, mas em 1960 Portugal era um país rural.
Agora falam-se várias línguas, as mulheres têm todo o tipo
de profissões e diferentes religiões, a imprensa e a cultura são variadas, há
vários partidos políticos, vivemos numa sociedade aberta, mas em 1960
não era assim.
Naquele tempo o Estado e a Igreja mandavam e ensinavam só um
ponto de vista numa maneira de ser e de pensar. Nas escolas só havia um manual
e não se conhecia a vida nos outros países, viajava-se pouco, falava-se português
e raramente havia estrangeiros, só havia uma religião, não havia partidos, era
uma população submetida à censura, não tinham liberdade de expressão, os livros
de outros países raramente eram vendidos a qualquer um, nos cinemas havia
lugares reservados e os filmes e diálogos eram censurados, pois havia coisas que
não agradavam ao poder.
Atualmente, as mulheres podem pertencer a política e toda a
gente tem direito ao voto. Nos anos 60, as mulheres tinham menos direitos que os
homens.
Texto apresentado pela Marta Azevedo, aluna nº 18 do 9ºD